O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do vereador Edson Dangui (PSC), na Câmara de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e na residência de outras pessoas.
Uma delas é o chefe de gabinete de Dangui, Fábio da Silva. Ao todo, sete ordens judiciais foram cumpridas na manhã desta terça-feira (3).
O Gaeco apura a ocorrência dos crimes de concussão e constrangimento ilegal praticados pelo vereador Dangui. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), ele é suspeito de coagir assessores para que repassassem a ele parte do salário que recebiam.
Por determinação da Justiça, Edson Dangui e Fábio da Silva ficarão afastados do gabinete e de suas funções na câmara por 180 dias. Os dois também estão impedidos de acessar e frequentar a sede da Casa, assim como de manter contato com testemunhas do processo.
A suspeita
Conforme as investigações, ex-assessores denunciaram o caso informando que faziam repasses como R$ 1,8 mil e R$ 2 mil mensais. O dinheiro era guardado no meio de um livro que ficava no gabinete do vereador, segundo os funcionários.
Uma das ex-funcionárias relatou que recebia ameaças para não denunciar o caso, de acordo com as investigações.
Na casa do vereador, os policiais encontraram R$ 28 mil em dinheiro, e no gabinete R$ 1,5 mil. Os valores, entretanto, não foram apreendidos por ausência de ordem judicial, segundo o MP.
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