Governo do Estado tem ações de enfrentamento para apoiar municípios definidas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) está em alerta máximo e pronta para enfrentar o Coronavírus, caso alguma suspeita seja confirmada em território fluminense. Nesta quarta-feira (26/02), o Ministério da Saúde anunciou o primeiro caso no Brasil, de um morador de São Paulo, de 61 anos, que recentemente esteve na Itália. Até o momento, a China é o país mais afetado, com mais de 78 mil casos da doença e 2,7 mil mortes.
- Desde o início do ano a Secretaria de Estado de Saúde trabalha na organização de um plano de resposta eficiente e ágil para enfrentar o Coronavírus, caso ele chegue por aqui - afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
No mês passado, a SES elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar um possível surto de Coronavírus no Estado do Rio. Ele é capaz de provocar epidemias e pode evoluir a pandemias. Para proteger o cidadão fluminense do 2019-nCoV, a SES definiu objetivos estratégicos, a fim de evitar a disseminação desse novo vírus entre uma população sem imunidade para este subtipo viral.
O plano emergencial tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Ficou decidido que a SES vai apoiar em caráter complementar os gestores municipais no combate a um possível surto de Coronavírus, precavendo-se e organizando o enfrentamento de tudo aquilo que sair da normalidade.
Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, de acordo com o Nível de alerta da OMS, a SES começou a preparação do plano de contingência em funcionamento no Nível Zero. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.
O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para limitar a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.
Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
O terceiro item abordado no tópico sobre os objetivos estratégicos do plano aponta para a comunicação do problema: informações sobre os riscos e casos registrados no Estado do Rio de Janeiro devem ser informados à sociedade o mais rápido possível para, entre outras coisas, combater a desinformação e as perigosas fake news.
Organização da resposta a um possível surto:
- Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.
- Nível de Ativação 1 – Transmissão autóctone de Coronavírus no estado do Rio de Janeiro. As unidades hospitalares escolhidas são as seguintes: Hospital Municipal Souza Aguiar; Hospital Municipal da Piedade; Hospital Municipal Jesus; Hospital Municipal Ronaldo Gazolla; CER Leblon; Hospital dos Servidores do Estado; Hospital Federal da Lagoa; Instituto Fernandes Figueira; Hospital Universitário Gafree e Guinle; Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; e Hospital Universitário Pedro Ernesto.
- Nível de Ativação 2 – Transmissão sustentada na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. As unidades escolhidas são as seguintes: Hospital Albert Schweitzer; Hospital Municipal Ronaldo Gazolla; Hospital Anchieta; Hospital Zilda Arns; Hospital Estadual Alberto Torres; Hospital Estadual João Batista Caffraro; Hospital de Curupaiti; Hospital dos Servidores do Estado; Hospital da Lagoa; Hospital Universitário Antônio Pedro; e Hospital da Piedade.
- Nível de Ativação 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no Nível II de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. E, ainda, quando a rede de atendimento definida for incapaz de atender à demanda.
Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.
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