Laboratório da Unioeste é referência no Brasil em análise do solo em escala microscópica

Há cerca de 12 anos, o professor Dr. Julio Cesar Paisani, pesquisador do CNPq e professor dos cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) em Geografia da Unioeste, vem trabalhando na implementação do Laboratório de Microscopia Ótica da Unioeste.

 Ao longo desse tempo o professor buscou, por meio de projetos, quase um milhão de reais em órgãos de fomento a pesquisa e ensino vinculados aos governos estadual e nacional. O professor comenta que “hoje consolidamos o laboratório mais estruturado do interior do Sul do Brasil nas análises do solo em escala microscópica, desenvolvendo técnicas de micromorfologia, descrição de silicofitólitos e microartefatos arqueológicos. Na atualidade, o laboratório conta com número de equipamentos suficientes tanto para o ensino dessas técnicas quanto para desenvolvimento simultâneo de várias pesquisas científicas”.

 A estrutura de equipamentos e conhecimento técnico tem sido procurada por pesquisadores das áreas de Geociências, Geomorfologia, Geografia, Engenharia Civil, Arqueologia, Ciências Agrárias, dentre outros, dos Estados de Pernambuco, Alagoas, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina, além do próprio Paraná. É o caso do arqueólogo Marcos Cesar Pereira Santos, doutor em Geoarqueologia pela Università Degli Studi di Ferrara, da Itália, que é um dos coordenadores da Missão Franco-Brasileira de Estudos Arqueológicos denominada “Povoamentos Pré-históricos do Alto Rio Uruguai-Poparu”, que buscou cooperação científica e técnica com o coordenador do laboratório. 

Professor Julio comenta que o laboratório já fez análises de solos do sertão nordestino, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, litoral de Santa Catarina, dentre outros lugares do interior do Paraná.

 “Acreditamos que nossas análises vêm contribuindo para vários caminhos científicos de conhecimento dos solos, provendo bases para avanços na agricultura regional e nacional. Todos os anos nós recebemos pesquisadores e pós-graduandos que usufruem da estrutura do laboratório e, em alguns casos, fazem curso da técnica de micromorfologia dos solos, via Programa de Pós-Graduação em Geografia, níveis mestrado e doutorado.”

 Isso é importante para a região, pois movimenta a economia e mostra que o Sudoeste do Paraná está cada vez mais se inserindo no cenário nacional com outra vertente do desenvolvimento, o conhecimento científico e técnico da área de Geociências.

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem