Caso Daniel: Família Brittes e mais quatro réus vão à júri popular

A Justiça do Paraná determinou nesta sexta-feira (28) que Edison Brittes e outros três réus do Caso Daniel vão à júri popular por homicídio triplamente qualificado. Cristiana e Allana Brittes não responderão pela morte do ex-jogador, mas foram imputadas por outros crimes. Ao todo, sete réus serão julgados no Tribunal do Júri. O julgamento ainda não tem data marcada para acontecer.

Em relação à principal acusação, responderão pelo assassinato do ex-jogador Daniel Corrêa Freitas os réus Edison Brittes, David William Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King. Além disso, eles responderão pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual.

Em sentença de pronúncia, a juíza Luciani Martins de Paula acolheu as três qualificadoras apontadas pelo MPPR (Ministério Público do Paraná): motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa do da vítima, no caso Daniel Corrêa Freitas. Conforme decisão da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, Cristiana Brittes não responderá por homicídio qualificado. No entanto, a ré do Caso Daniel será julgada por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo.

Em nota, a defesa técnica da família Brittes afirmou que “Cristiana foi a primeira vítima naquela fatídica noite”. A juíza Luiciani Martins de Paula também decidiu manter a prisão preventiva de Edison Brittes. Assim, o assassino confesso de Daniel Corrêa Freitas permanecerá detido até o julgamento. Ele está preso na PCE (Penitenciária Central do Estado), na região metropolitana de Curitiba.

JÚRI POPULAR: OS RÉUS E AS ACUSAÇÕES

Edison Brittes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação.

Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor.

David William Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual.

Ygor King: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual.

Cristiana Brittes: fraude processual, corrupção de menor e coação.

Allana Brittes: fraude processual, corrupção de menor e coação.

Evelyn Perusso: fraude processual.

RELEMBRE O CASO DANIEL

Revelado pelo Cruzeiro e com passagens por Coritiba, São Paulo, Ponte Preta, Botafogo e São Bento, Daniel veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana Brittes, no dia 26 de outubro de 2018, em uma casa noturna, no bairro Batel. A comemoração se estendeu na casa dos pais de Allana, Cristiana e Edison Brittes, último lugar que o jogador teve contato com amigos pelo WhatsApp. Na casa, ele foi espancado e depois conduzido no porta-malas do carro de Edison até o local onde foi morto (Colônia Mergulhão).

O corpo do jogador foi encontrado no dia seguinte (27/10) por moradores em uma área de mata na zona rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava nu, com diversos cortes pelo corpo. Havia dois cortes profundos na região do pescoço. Além disso, o pênis foi decepado e pendurado em uma árvore a 20 metros do local onde o corpo foi encontrado.

O empresário afirma que Daniel estava no quarto dele e que havia tentado estuprar sua esposa, Cristina. A versão não encontrou sustentação nas investigações do Ministério Público do Paraná e da Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevizan, declarou que a família Brittes mentiu nos depoimentos e que a versão foi combinada entre os acusados.



(polianaonline.blogspot.com)

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