Treze estudantes do sistema prisional paranaense passaram no vestibular da UEL

Presidiários do sistema prisional do Paraná tiveram bom resultado no vestibular e foram aprovados na Universidade Estadual de Londrina. No total, treze detentos passaram na primeira chamada da prova e vão cursar Administração, Ciências Contábeis, Educação Física, Geografia, História, Letras–Português e Serviço Social.

Os presos têm acesso à alfabetização, escolarização básica e formação superior nas 33 unidades prisionais do Estado. As instituições têm salas de aula, bibliotecas e professores da rede estadual de ensino e são vinculadas a nove Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos.

O coordenador do EJA da secretaria estadual, Marlon Cristiano Borba, explica que a aprovação de estudantes do sistema prisional em vestibulares é mais uma forma de reinserir o detento na sociedade.

Para que os presos aprovados possam cursar a universidade é necessário autorização judicial. São levados em consideração critérios como natureza do crime, o quanto da pena já foi cumprida e bom comportamento, entre outros. No caso de Londrina, os presos devem utilizar tornozeleira eletrônica e a situação é acompanhada pela Vara de Execuções Penais, Ministério Público e coordenação regional do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná.

A educação também permite ao preso a remição da pena, ou seja, a possibilidade de encurtar a sentença a qual ele foi condenado. A cada 12 horas de estudos, os presos têm um dia a menos de pena para cumprir. Existe ainda o projeto Remição pela Leitura. A cada livro lido são reduzidos quatro dias de pena. Os detentos precisam fazer uma resenha da obra.

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