Esta é a primeira morte de preso registrada em 2020 na carceragem da cadeia pública de Guarapuava. Em 2019 sete presos morreram em celas.
Um preso da carceragem da cadeia pública de Guarapuava foi morto dentro da cela. De acordo com informações ,a morte ocorreu nas primeiras horas da manhã desta quinta (23). A vítima teria sido degolada. O corpo encontra-se no Instituto Médico Legal (IML).
Embora seja esta a primeira registrada em 2020 dentro da cadeia, o caos instalado dentro da Cadeia Pública de Guarapuava pode ser traduzida pelas mortes em série, até então, por enforcamentos. De março até setembro de 2019, sete presos morreram por enforcamento em Guarapuava. Seis na cadeia e um na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).
BARRIL DE PÓLVORA
Há muito tempo a precariedade da cadeia, as mortes, as tentativas de fuga e as apreensões de drogas, armas e celulares. Também não é novidade que na cadeia de Guarapuava existem mais de 40 faccionados do PCC. Porém, eles disputam o poder dentro da carceragem, e têm como moeda de troca, o medo e a vida de quem não adere à facção.
Assim, trata-se de um submundo que quem conheceu, tenta esquecer. Até o ano passado, o Departamento Penitenciário do Paraná havia informado que a cadeia possuía 429 presos. Eram 378 homens e 51 mulheres. Porém, o espaço foi construído para abrigar 166 presos provisórios. Superlotada, a cadeia é portanto, um barril de pólvora prestes a explodir.
E é sim um problema que precisa ser resolvido pelas autoridades, com a construção de uma casa de custódia. Assim, o cadeião bem no Centro da cidade seria desativado, acabando com o medo que envolve moradores do entorno da 14ª Subdivisão Policial, que hoje cede parte da sua estrutura para a carceragem.
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