Na manhã desta quinta-feria, 30, a Polícia Federal (PF) em cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU) desencadeou a Operação *Epagoge para desarticular organização criminosa suspeita de fraudar licitações. Segundo dados da CGU, entre 2010 e 2019, as empresas participantes do grupo firmaram contratos com o Poder Público em valores que ultrapassaram R$ 60 milhões de reais.
Cerca de 75 policiais federais e 6 auditores da CGU cumprem 22 mandados de busca e apreensão nas cidades paranaense de Curitiba, Piraquara, Guaratuba, em Santa Catarina, em Balneário Camboriú, e na cidade de São Paulo.
A investigação teve início em 2015 a partir da suspeita de que empresas de um mesmo grupo estariam atuando mediante ajuste, prejudicando a concorrência em licitações promovidas pelo Poder Público, principalmente para a compra de eletrônicos.
No inquérito policial identificou-se que algumas das pessoas jurídicas funcionavam no mesmo endereço e pertenciam aos mesmos proprietários, a indicar que empresas fictícias atuavam candidatando-se simultaneamente no mesmo certame, a fim de viabilizar que uma delas se sagrasse vencedora, com possibilidade de manipular os preços.
*Epagoge – em grego é indução. Induzir o pensamento de alguém.
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