Contrato de Regina Duarte com a Globo pode ser suspenso

Ao aceitar o cargo na Secretaria de Cultura no governo Bolsonaro, Regina Duarte vai ser obrigada a romper o seu longo vínculo com a Globo. A atriz está na emissora desde 1969, com uma breve interrupção entre 1984 e 85. São cerca de 50 anos de contrato. Vinda na TV Excelsior, onde atuou em quase uma dezena de novelas nos anos 1960, a atriz estreou na Globo em "Véu de Noiva", de Janete Clair, dirigida por Daniel Filho. Nesta sua primeira fase na emissora, trabalhou em inúmeras outras novelas célebres ("Irmãos Coragem", "Selva de Pedra", "Carinhoso", "Fogo Sobre Terra", "Sétimo Sentido"), tornou-se a "namoradinha do Brasil" (por causa de "Minha Doce Namorada", em 1971) e fez a lendária série feminista "Malu Mulher" (1979-80). Entre 1984 e 1985, Regina deixou a Globo para protagonizar o seriado "Joana", de Manoel Carlos, na Manchete. Voltou ainda em 85 para ser a protagonista de "Roque Santeiro", e emendou outros três sucessos ("Vale Tudo", "Rainha da Sucata" e "Por Amor"). A partir dos anos 2000, os papeis de destaque começam a ser mais raros. Regina fez participações em várias novelas e em minisséries. Em 2011, ganhou um bom papel, o de Clô Hayalla, no "remake" de "O Astro". Em 2017, fez um papel bem secundário em "Tempo de Amar" - foi o seu último trabalho na TV. A falta de bons papéis incomodou a atriz, como ela revelou em entrevista a O Globo, ao fazer 70 anos, em 2017: "Isso me gerou muita frustração no começo, mas eu me acostumei".

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