Plantas apareceram na faixa de areia das praias da Região
dos Lagos na manhã nesta terça-feira — Foto: Folha de Búzios
Faixa de areia de diversas praias da Região dos Lagos amanheceu encoberta com plantas depois de intervenção emergencial feita em Carapebus, no Norte Fluminense, para escoamento de água em áreas inundadas pela chuva.
Diversas praias das cidades de Armação dos Búzios e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio, amanheceram com uma grande quantidade de plantas encobrindo a faixa de areia nesta terça-feira (17).
As plantas são provenientes de água doce e chegaram à região por causa de uma ação em uma lagoa de Carapebus, no Norte Fluminense.
De acordo com a Prefeitura de Carapebus, houve uma abertura à barra da Lagoa de Carapebus na última sexta (13) e o ato foi uma emergência, pois as ruas centrais do município ficaram alagadas com a chuva da última semana.
A Prefeitura afirma ainda que para fazer a intervenção teve autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que é o órgão gestor do Parque Nacional de Jurubatiba.
Em Búzios, a vegetação, que chegou a formar montes na areia, apareceu nas orlas das praias do Canto, Tartaruga, Manguinhos, Brava, João Fernandes e Marina. Já em Arraial do Cabo, foi vista na Prainha, Praia dos Anjos e Praia do Pontal.
A Prefeitura de Arraial do Cabo informou que as praias não foram interditadas e continuam próprias para o banho pois as plantas não são tóxicas e não fazem mal a saúde.
Os trabalhadores da Prefeitura já começaram a fazer a limpeza da praia com a ajuda de maquinários. Em Búzios, o recolhimento das plantas também começou a ser realizado nesta terça.
Especialistas acreditam que elas viajaram cerca de 130 km de distância de Carapebus até as praias da região.
"É uma planta aquática de água doce, uma macrófita aquática. Ela ocorre em rios, em canais de drenagens de água de chuva. É um fato que ocorre quando há um índice pluviométrico alto, quando chove em cabeceira de rio. Então essa água vem descendo toda e passa no Rio São João, em alguns canais de escoamento de água pluvial dos municípios e chega em Arraial do Cabo e Búzios, que não têm tantos rios, mas são plantas que descem nessa correnteza", explicou o biólogo Eduardo Pimenta.
Por G1 — Região dos Lagos
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