Média 7 se formou nos corredores da Unoeste em 2015 e lançou neste ano as duas primeiras canções próprias
Foto: Cedida
Banda pretende lançar um EP no próximo ano com conteúdo 100% autoral
Começou como uma brincadeira, como milhares de bandas começam! Mas a paixão pela música, a amizade e a boa aceitação do público fez com que aquela banda formada nos corredores da Unoeste, no meio de um ambiente universitário, alçasse voos inimagináveis para os integrantes da Média 7, que começou sua história em 2015. Investindo em músicas autorais, a banda acaba de lançar duas gravações em estúdio: “Algures na Cidade” e “Memórias”, ambas disponíveis em todas as plataformas digitais.
Rogério Silva (vocal, violão, gaita e composição), Renato Pandur (contrabaixo, comunicação e composição), Anah Lisack (vocal), Thalyta Sardi (vocal), Murilo Hernandes (guitarra), Alana Toledo (guitarra) e Marcel Sachetti (bateria e composição) são os integrantes da formação atual da Média 7. A banda, que já está trabalhando na produção de mais oito músicas autorais, tem se reunido frequentemente para estudar melodias, arranjos e ajustes estruturais nas letras e pretende lançar um EP no próximo ano com conteúdo 100% autoral.
“Hoje a banda ainda tem uma forte presença com covers, mas, mesmo assim, preferimos as que consideramos ‘lado B’ de algumas bandas e artistas de nossa preferência, o que torna nosso repertório bem peculiar. Todas elas têm uma pitada e um jeito nosso de tocar e cantar, então, nossas covers acabam virando, de certa forma, uma parte especial das apresentações”, explica Pandur, que também é o fundador da Média 7.
O contrabaixista, que é professor nos cursos de Comunicação Social, Design e Jogos Digitais da Unoeste, conta que a ideia da banda começou a surgir entre um evento e outro de confraternização, quando alguns professores da Faculdade de Comunicação (Facopp) passaram a revelar alguns talentos musicais. “Finalzinho de 2015 e início de 2016 um grupo de professores se juntou para tocar duas ou três músicas em um evento. Gostamos tanto e resolvemos continuar. Para isso, a banda, que ainda não tinha um nome definido, foi batizada de Média 7. Não éramos músicos extraordinários, mas também não éramos tão ruins, por isso alcançamos e mantemos essa média que representava o equilíbrio necessário para as coisas fluírem naturalmente. Afinal, 70% de aproveitamento é algo muito significativo em muitas circunstâncias. Não havia nome que pudesse representar melhor”, se diverte Pandur.
Ele salienta ainda que já em 2017 a Média 7 começou a conquistar outros palcos por toda a Unoeste, sendo convidada para abertura de vários eventos acadêmicos como os da Faculdade de Informática (Fipp), da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação (Faclepp), do Direito e do Design, por exemplo. “Foi um ano muito intenso e em setembro de 2018, contando com a colaboração de muitos parceiros, fizemos um mega show solidário no Salão do Limoeiro, no campus II, no qual promovemos a arrecadação de mais de 500 livros e brinquedos doados para as crianças do Hospital do Câncer de Presidente Prudente. Depois disso decidimos ensaiar mais, buscar outros universos, momento em que as autorais ganharam um maior apelo e passaram a exigir mais dedicação de todos os integrantes”, fala.
Logo depois desse show e da participação da banda em um festival beneficente em Osvaldo Cruz (SP), a Média 7 passou a frequentar outros palcos além dos da Unoeste, “literalmente rompendo muros e tabus, aceitando todos os convites que de alguma forma nos desafiassem e nos abrissem espaço para as autorais, que nos identificamos naturalmente”, revela Pandur.
O também professor universitário Rogério Silva, que atua no curso de Direito da Unoeste, é o compositor da música “Algures na cidade” e tem participação na “Memórias”, em parceria com Pandur. Ele conta que como em qualquer outro texto autoral, a primeira canção tem muito dele em determinado momento de sua vida.
“Escrevi entre 2001 e 2002 como um desabafo. No dia em que compus, saiu a letra e a música praticamente juntas, que é a forma como eu gosto de compor: violão e algum rascunho. Dessas dores do mundo, comuns a todo jovem com a responsabilidade de se manter e projetar algum futuro, trabalhando e estudando, é que saiu a letra que, no fim, apesar de toda a solidão que exala, é uma canção esperançosa, pois nela há a vontade de encontrar pessoas em lugares legais com uma boa música”, salienta.
Anah Lisack também começou com a banda através da Unoeste. Formada em Publicidade, atualmente trabalha com atendimento em uma agência de Presidente Prudente. “A música para mim é uma forma de expressão, as letras do rock fazem parte da minha essência! Eu, como ex-aluna, tive o privilégio e a surpresa de poder participar deste projeto. É algo muito especial essa troca de experiências e essa união de amigos pela música. Gratidão a todos os integrantes, que com amor naquilo que fazem contribuem para que a banda seja única”, fala.
Já Alana Toledo, que não é professora e nem aluna da Unoeste, explica que vive de música há um bom tempo. Ela conta que recebeu o convite para integrar a Média 7 recentemente e aceitou de imediato. “Dou aulas de música, toco na noite e trabalho com isso também pela internet. Tocar com outras pessoas é uma grande escola para qualquer músico, pois sempre temos algo para aprender. Para mim é muito gratificante estar nesta banda e me deixa muito feliz participar deste projeto”, diz.
Como ouvir as músicas?
“Algures na Cidade” e “Memórias” foram lançadas em setembro e outubro deste ano, respectivamente. Ambas estão disponíveis em várias plataformas digitais como o Spotfy, Deezer, Youtube, Itunes e SoundCloud.
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