Lagoa da Paulista, em Carapebus, foi bloqueada com o uso
de sacolas que suportam grande quantidade de areia para
impedir que taboas cheguem às praias da Região dos Lagos
Foto: Reprodução/Inter TV
Atuação ocorreu nas duas lagoas que permitiam o acesso das plantas ao mar. Uma foi fechada na parte da manhã e outra na tarde deste sábado (28).
As lagoas da Paulista e Carapebus, em Carapebus, no Norte Fluminense, foram bloqueadas neste sábado (28) para interromper a passagem das plantas taboas e impedir que elas continuem chegando às praias de Cabo Frio, Armação dos Búzios e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.
Uma força-tarefa foi montada e a primeira a ter a barragem completamente fechada foi a Lagoa de Carapebus, na parte da manhã. Em seguida, o trabalho foi realizado na Lagoa da Paulista. Ambas ficam no Parque Nacional de Jurubatiba, entre os municípios de Carapebus e Quissamã.
Com as ações deste sábado, a esperança é combater o avanço da vegetação diretamente no foco do problema e dar tempo hábil para que as prefeituras da Região dos Lagos consigam completar a limpeza das praias. Mesmo após mais de 10 dias da abertura das lagoas em Carapebus para escoamento da água da chuva as taboas continuavam chegando às praias tendo sido removidas mais de 700 toneladas.
Os bloqueios das lagoas ocorreram artificialmente. No caso da Lagoa da Paulista, a estratégia foi diferente. Além da transferência de areia para a barragem, foram colocadas ecobags, sacolas que garantem uma maior vida útil ao fechamento, que pode durar de 48 horas a uma semana.
Faixas de areia de praias da Região dos Lagos
amanheceram tomadas por uma grande quantidade
de vegetação
Foto: Divulgação/Prefeitura de Cabo Frio
A operação foi organizada pelas prefeituras de Quissamã e Carapebus além de outros órgãos como o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Foram utilizados cem sacos, com capacidade de uma tonelada de areia cada, no canal que liga a Lagoa da Paulista ao oceano. Desta forma, os agentes esperam impedir o avanço da vegetação para o litoral fluminense.
Plantas de água doce no mar
O problema começou depois que a Lagoa de Carapebus foi aberta pela primeira vez em 13 de dezembro pela Prefeitura, numa ação autorizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o objetivo de escoar a água da chuva por conta de alagamentos provocados pela chuva nas áreas centrais de Carapebus.
Já a lagoa do paulista foi aberta ilegalmente duas vezes, segundo apuração da força-tarefa. Uma terceira abertura também foi registrada, mas de forma natural, por conta das fortes chuvas.
Para evitar ações clandestinas, equipes da Polícia Militar Ambiental monitoram o lugar em uma operação especial que vai durar até o dia 5 de janeiro.
Postar um comentário