Incêndio atinge Valparaíso e deixa mais de 90 mil
sem energia. Leandro Torchio/EFE
De acordo com o Corpo de Bombeiros chileno o fogo deixou 90 mil sem luz. O fogo começou na véspera de Natal e continua ativo
Um grande incêndio atingiu nesta terça-feira (24), véspera de Natal, uma região da cidade de Valparaíso, no litoral do Chile, destruindo mais de 100 casas e deixando 90 mil pessoas sem energia.
Desde às 15h (horário local; mesmo horário em Brasília), o Corpo de Bombeiros tenta combater as chamas de dois focos de incêndio que se encontraram e avançaram contra o povoado de La Isla, em Valparaíso, cidade que fica 100 quilômetros a leste de Santiago.
O Escritório Nacional de Emergências (Onemi) informou que o incêndio segue ativo. Até o momento, as chamas consumiram 100 hectares e fizeram as autoridades decretar alerta vermelho na área.
O ministro da Agricultura do Chile, Antonio Walker, foi para Valparaíso para coordenar a extinção do fogo. No entanto, o trabalho está sendo dificultado pelos fortes ventos que atingem a região.
"Estamos em pleno combate. Creio que perdemos 100 casas e vamos ter que sacrificar algumas mais para fazer um bloqueio e impedir que o fogo avance", afirmou o ministro.
O Corpo de Bombeiros de Valparaíso esvaziou a área atingida pelo incêndio e montou um cerco para impedir a entrada de moradores no povoado. Por enquanto, não há registro de vítimas.
"Esses incêndios que ocorrem nos perímetros habitados são muito difíceis de controlar. Estamos fazendo o possível", disse Walker.
Segundo a Onemi, 90 mil pessoas estão sem energia no local, na véspera do Natal, devido ao incêndio.
Os bombeiros de Valparaíso contam com o apoio de brigadas anti-incêndio, aviões e helicópteros da Corporação Nacional Florestal (Conaf). Os Carabineiros, a polícia militarizada do Chile, também enviou homens para o local para ajudar no trabalho de extinção do fogo e ajudar os moradores da região.
A Esval, empresa responsável pelo abastecimento de água em Valparaíso, informou no Twitter que realizará um "corte solidário" do fornecimento em várias áreas da cidade para priorizar a região atingida pelo incêndio.
"Pedimos que o consumo seja responsável e solidário para permitir o máximo apoio aos trabalhos de contenção do fogo", escreveu a companhia na rede social.
Da EFE
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