O empresário Nelsivan Marques de Carvalho foi condenado, nesta segunda-feira (9), a 68 anos de reclusão em regime fechado por mandar matar a tiros seu sócio Washington Luiz Alves de Menezes e a esposa dele Lúcia Santana Pereira, no dia de seu casamento, além da tentativa de assassinato de Washington e do vigilante de Lindon Jhonson. Ele vai recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
O julgamento, que durou cerca de 12 horas, ocorreu no auditório do Tribunal do Júri de Campina Grande, no Fórum Afonso Campos, e foi presidido pelo juiz Horácio Ferreira de Melo Júnior. Já Maria Gorete Alves Pereira, acusada de envolvimento no crime, foi absolvida pelo Conselho de Sentença. O réu Aleff Sampaio dos Santos, denunciado pelo Ministério Público como um dos autores dos disparos, será julgado no próximo dia 18.
Durante o julgamento, o promotor Márcio Gondim sustentou que Nelsivan Marques mandou matar Washington Luiz e Lúcia Santana por ganância para ficar como único proprietário da Faculdade de Ciências Humanas (SAPIENS). O contrato de constituição da unidade escolar dizia que se um dos sócios morresse suas ações não ficariam com os herdeiros, mas com o outro sócio.
No seu depoimento, Nelsivan negou ser autor intelectual dos crimes e atribuiu à Polícia Civil e a Imprensa a invenção de uma versão fantasiosa digna dos romances policiais da escritora Agatha Christie para incriminá-lo. Todavia, disse não saber quem teria mandado matar os seus sócios. A sua defesa, feita pelos advogados Felipe Torres e Luciano Pires, também defendeu a tese de negativa de autoria. Após o julgamento, eles anunciaram que vão recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça para reduzir a pena.
Entenda o crime
O Ministério Público Estadual denunciou Nelsivan Marques de Carvalho,; Gilmar Barreto da Silva; Aleff Sampaio dos Santos e Samuel Alves de Souza “Samuka”, por terem assassinado, de forma bárbara, mediante pagamento e à traição, Washington e Lúcia Santana. Também atentaram contra a vida de Lindon Jhonson.
O fato aconteceu no dia 29 de março de 2014, em frente à Casa de Recepção “Casa Bela”, no Bairro do Catolé, em Campina Grande. Consta ainda nos autos que as vítimas chegaram, que eram padrinhos de casamento, no local da festa e deixaram o vigia, Lindon Jhonson da Silva, responsável por cuidar de seu veículo.
Ainda relata os autos que, terminada a cerimônia, as vítimas se despediram dos noivos, por volta das 21h, e foram embora, seguindo em direção ao seu carro, quando foram assassinadas.
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