Comperj: de 'cidade fantasma' a oásis

Economia, retomada do crescimento do comercio. Construção abandonada.

Niterói - Manilha, Itaboraí. Foto: Ricardo Cassiano/Agência O Dia.

Ricardo Cassiano/Agência O Dia

Petrobras estuda instalar fábrica de lubrificantes em Itaboraí, que padece com a falta de recursos

O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) lá nos idos de 2008, e com investimentos de US$ 8,4 bilhões, foi promessa de geração de empregos e de transformação do perfil industrial, econômico e ambiental de Itaboraí e regiões adjacentes. Mas ficou só na promessa. As obras pararam em 2015 e com isso todo entorno, que se preparou para receber centenas de trabalhadores e investidores, se viu à míngua. O que se vê na região são construções inacabadas, lojas fechadas e moradores, como no filme, "à espera de um milagre". Mas, no que depender da Petrobras, o Comperj vai retomar fôlego e os projetos serão retomados. Diante dessa expectativa, o comércio começa, timidamente, a mostrar recuperação.

Uma ideia de 2011 voltou à tona e, se implementada, vai recuperar a região. A estatal confirmou ao O DIA que estuda instalar uma fábrica de lubrificantes no Comperj a partir de uma conexão com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc). "Temos dois estudos em andamento. Um é a parceria com a Equinor para a construção de plantas termelétricas na área do Comperj. O outro é a utilização de equipamentos do Comperj para produzir lubrificantes de última geração pela Reduc", afirmou Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras.

Ao invés de instalar novos equipamentos na Reduc, que vai passar por um processo de modernização, a ideia da estatal é ter um duto que parta da refinaria até o Comperj. "É um projeto da Petrobras e não tem investimento estimado ainda, é uma ideia", afirmou Castello Branco.

De acordo com o presidente da estatal, a Petrobras quer investir US$ 6 bilhões, ao longo de quatro anos, na modernização do parque de refino. Se a venda das oito unidades, conforme previsto no Plano Estratégico 2020-2024, for bem-sucedida, a capacidade ficará concentrada em Rio de Janeiro e São Paulo.

Por Martha Imenes e Anderson Justino

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