60% dos eleitores do Rio apoiam corte de verba pública para escolas de samba e 35% são contra, diz Datafolha

Carro alegórico em desfile da escola Acadêmicos do Salgueiro,

 na Marquês de Sapucaí — Foto: Alexandre Durão/G1

Instituto entrevistou 872 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 11 e 13 de dezembro; margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (16) mostra que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Partido Republicanos), tem apoio de 60% dos eleitores para o fim do repasse de verbas públicas para as escolas de samba. Outros 35% dos entrevistados se disseram ser a favor do recebimento de dinheiro da prefeitura pelas agremiações. O restante se declarou indiferente (3%) ou não saber (2%).

O Datafolha entrevistou 872 pessoas entre os dias 11 e 13 de dezembro na cidade do Rio de Janeiro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Pedágio na Linha Amarela e Bienal do Livro

O instituto também questionou sobre o fim do pedágio da Linha Amarela. A pesquisa mostra que Crivella tem apoio sobre a medida de 71% dos eleitores do Rio de Janeiro, enquanto 24% se dizem contrários. 5% disse não saber.

Em outubro, após uma CPI da Câmara dos Vereadores do Rio apontar lucro indevido de R$ 1,6 bilhão para a concessionária Lamsa no pedágio da Linha Amarela, Crivella anunciou o fim da concessão da via e iniciou a destruição das cancelas de pedágio.

Depois de o pedágio deixar de ser cobrado, a Justiça determinou o retorno da administração da Linha Amarela à Lamsa, o que fez Prefeitura enviar à Câmara projeto que dava autorização ao Executivo local para administrara a via. Mesmo após os vereadores aprovarem o projeto e Crivella já determinar a liberação do pedágio, a Justiça voltou a decidir em favor da Lamsa e manteve a cobrança.

Em seguida, nova determinação da Justiça negou recurso da Prefeitura e garantiu outra vez a cobrança do pedágio.

O Datafolha perguntou ainda se os eleitores achavam que Crivella agiu bem ou mal ao determinar a suspensão da venda da história em quadrinhos na Bienal do Livro com a imagem de dois homens se beijando. 50% consideraram que Crivella agiu mal, enquanto outros 45% apoiaram a decisão.

Na ocasião da fala de Crivella sobre a suspensão da venda do quadrinho, a Bienal informou que não retiraria livros e que daria "voz a todos os públicos". No dia seguinte, os exemplares da obra alvo das críticas do prefeito se esgotaram no evento. O público da feira também reagiu à ação do prefeito e fez um beijaço como protesto.

Avaliação do governo e crise na saúde

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (15) também mostra a avaliação da gestão do prefeito Marcelo Crivella:

Ótimo/bom: 8%

Regular: 20%

Ruim/péssimo: 72%

Não sabe: 1%

Na última pesquisa, feita em março de 2018, 61% dos entrevistados consideravam a gestão como ruim ou péssima, 27% como regular, 9% como ótima ou boa e 2% diziam não saber.

Em outubro de 2017, a administração do prefeito era considerada ruim ou péssima por 40% dos entrevistados e era considerada como regular por 39%.

Atualmente, a gestão Crivella vive uma crise financeira que levou ao colapso dos serviços municipais de saúde.

Funcionários das unidades de saúde da prefeitura que são geridas por Organizações Sociais (OSs) estão com o pagamento atrasado por dois meses. Além disso, eles relatam que enfrentam uma rotina de dificuldades com falta de materiais para atender a população em hospitais, maternidades e clínicas da família

Por G1

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