Por meio das exposições dos trabalhos, alunos são motivados a
desenvolver novas habilidades. O uso de material reciclado é constante
nas exposições, que estimulam a criatividade. Foto: Gabriel Sales
O caderno e o lápis agora são apenas coadjuvantes na aprendizagem dos alunos. O início do mês de novembro demonstrou exatamente isso. No período, várias unidades escolares da Rede Municipal de Rio das Ostras realizaram a culminância de projetos desenvolvidos durante o ano letivo que envolveram alunos, pais e professores em prol de uma educação de qualidade.
A “Feira de Linguagens”, da Escola Municipal Professora Rosângela Duarte Faria, realizada no dia 6, evidenciou como a arte pode ser utilizada como instrumento da ‘leitura de mundo’. Diretora da unidade, Waleska Bernardes explica que as turmas de 5° ao 9° ano desenvolveram trabalhos utilizando os objetos de conhecimento adquiridos nas salas de aula como pano de fundo para a construção dos trabalhos.
Entre as muitas atividades, vale destacar o ‘Menu degustação’ com as poesias de Cora Coralina e Cecília Meireles. O teatro também fez parte da Feira de Linguagens com as peças autorais “Vista a minha cor, sinta a minha dor”, que abordou temáticas como bullying, preconceito e companheirismo, e “Perdidos na Lagoa”, inspirado no texto vencedor da etapa municipal da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa na categoria Memórias Literárias, da aluna Fernanda Souza Andrade, da turma 704.
Na Escola Municipalizada Dom Bosco, a sexta-feira, 8, foi o dia de receber a comunidade para a Mostra de Arte “Releituras de Romero Britto”. Desenvolvida pela turma 502, da professora Rosa Caride, a exposição tinha por objetivo contribuir com a capacidade de ‘ler o mundo’ com mais sensibilidade e criatividade.
De acordo com o projeto que norteou o trabalho, ensinar arte na escola é importante para o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Esse conhecimento amplia as possibilidades de compreensão do mundo e colabora para um melhor entendimento dos conteúdos relacionados a outras áreas como Matemática, Línguas, História e Geografia.
Segundo Marcela Souza, diretora adjunta da Escola Municipal Nilton Balthazar, um dia seria pouco para mostrar tudo o que foi desenvolvido pelas turmas de 4° ao 9° ano da unidade. Por isso a sexta-feira, 8, fechou um ciclo de atividades. “Nossa Feira Literária deste ano quis refletir a importância dos Contos na construção da nossa história. Todas as turmas prepararam atividades de leitura, reescrita e apresentação musical de contos. Um verdadeiro encanto”, enfatizou.
A comunidade escolar do Âncora também pôde participar de uma festa literária e experimentar como as letras dão significado à vida. No sábado, 9, o pátio da Escola Municipal Simar Machado Sodré exibiu as produções da Mostra Literária intitulada “No tecido da Costura, a história se mistura”, que tinha como inspiração a escritora Roseana Murray.
Segundo a subsecretária pedagógica de Educação, Valéria Bragança, por meio da pedagogia de projetos, o professor assume um outro papel, o de ser orientador, facilitador de aprendizagens. “A metodologia é toda centrada na experiência do aluno e isso faz com que eles se motivem, estejam felizes e descubram seus talentos”, afirmou Valéria.
TRABALHO RECONHECIDO – Na manhã da quinta-feira, 24 de outubro, três vans da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer saíram do município em direção à casa da escritora Roseana Murray, em Saquarema. O encontro não foi emocionante somente para alunos e professores da Escola Municipal Simar Machado Sodré que conheceram a premiada autora de livros infantojuvenis. Em agradecimento à visita, Roseana escreveu em sua rede social:
“Hoje a E. M. Simar Machado Sodré chegou a minha casa com uma orquídea e as crianças mais maravilhosas do mundo. As professoras Marilene, Juanita, Alessandra, Luzia, Dulce e Kellrem fazem um trabalho tão extraordinário que vou levar muito tempo para me recuperar da emoção. Toda a força da Escola Simar nasce da sua Sala de Leitura, que havia sido desativada e as professoras conseguiram recuperar. É impressionante a força e a luz destas professoras. As crianças eram magníficas, lendo com total fluência e propriedade. Elas me trouxeram uma surpresa: como atores e atrizes profissionais, encenaram em cima do tapete uma peça que era a junção de poemas do meu livro “Colo de Avó” e “Um Avô e seu Neto”. Uma montagem LINDA!!! Com figurino e tudo. Posso afirmar que essa escola está salvando 743 crianças com teatro, livros, poesia! Perguntei para as crianças o que havia de bom na escola e a resposta foi unânime: A Sala de Leitura e as Professoras. Os alunos que vieram eram da terceira, quarta e quinta séries. A escola termina na quinta série e quem vai embora está muito triste, me contaram. Fizeram poemas incríveis inspirados no Colo de Avó. Eram crianças muito sensibilizadas. Um sonho. E adoraram o café da manhã e ganhei tantos milhões de abraços e beijos que irei levitar por muito tempo”.
Postar um comentário